UMA LIÇÃO PARA NUNCA MAIS SE REPETIR!

golpeGolpe de Estado no Brasil em 1964
Amigos e amigas, segundo a Wikipédia, que é uma enciclopédia livre e postada na internet, O Golpe Militar de 1964 designa o conjunto de eventos ocorridos em 31 de março de 1964 no Brasil, que culminaram, no dia 1 de abril de 1964, com um golpe de estado que encerrou o governo do presidente João Goulart, também conhecido como Jango. Os militares brasileiros a favor do Golpe costumam designá-lo como Revolução de 1964 ou Contrarrevolução de 1964. Em geral, a expressão é associada a defensores da ditadura. Jango havia sido democraticamente eleito vice-presidente pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) – na mesma eleição que conduziu Jânio da Silva Quadros do Partido Trabalhista Nacional (PTN) à presidência, apoiado pela União Democrática Nacional (UDN). O golpe estabeleceu um regime alinhado politicamente aos Estados Unidos e acarretou profundas modificações na organização política do país, bem como na vida econômica e social. Todos os cinco presidentes militares que se sucederam desde então declararam-se herdeiros e continuadores da Revolução de 1964.O regime militar durou até 1985, quando Tancredo Neves foi eleito, indiretamente, o primeiro presidente civil desde 1964.( ponto final)! Pois bem, essa singela afirmação leva o incauto a imaginar que houve ” uma revolução de mentirinha”, onde ninguém saiu machucado e que na verdade foi a vontade do povo que teria prevalecido. Pura mentira da “mídia conservadora e covarde” e porque não de certos grupos inimigos da Democracia e do povo brasileiro. Houve sim um golpe militar, destituíram do Poder um presidente eleito democraticamente, estabeleceu-se a censura de forma desmedida, houve violência de toda ordem contra civis indefesos, que não podiam sequer expressar suas opiniões. Um bando de safados armados e desalmados, tomaram o Poder afirmando que estavam lutando contra o comunismo para salvar o Brasil, e que dentro em breve haveria eleições, que pelas regras normais do jogo, ocorreriam no ano de 1.965, porém, uma vez tendo vencido a primeira barreira que era enganar o povo, os militares se infiltraram no Poder na base da força, da tortura e da morte de quem se opunha aos seus macabros pensamentos autoritários. Roubaram nossa liberdade em todos os sentidos, nossa Justiça, nosso sistema de educação que até então era excelente, acabaram com o sistema de saúde, ficou proibido fazer defesa das pessoas, o Habeas Corpus, que é instrumento de defesa do cidadão se tornou proibido, e meteram a mão na grana do povo brasileiro. Por isso, quando vejo alguém, pedir intervenção militar no Brasil, só posso acreditar que tal pedido é fruto da ignorância que a Ditadura conseguir estabelecer entre alguns que foram privilegiados, porque ninguém em sã consciência e com conhecimento iria praticar tamanha insensatez. A Ditadura, acabou com a nossa Democracia, assassinou pessoas, tirou a nossa liberdade de expressão e ou manifestação, estabeleceu o caos, enriqueceu alguns generais e outros oficiais de baixa patente militar, mas que sabiam “puxar o saco” de seus comandantes, e foi a grande responsável pela mediocridade de nosso sistema de ensino existente hoje no Brasil e da própria política que hoje temos em todos os níveis. Portanto, essa data de 31 de março, não é para ser comemorada e nem esquecida, porque foi o dia em que se devemos nos lembrar, que em um dia como esse, uma matilha de lobos selvagens, vestidos de homens infelicitou a nossa nação, e assim, nunca mais vamos querer que isso se repita entre nós!

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FORA DA ORDEM E SEM CONTROLE ALGUM!!!!

foraOs versos da canção “Fora da Ordem”, que introduzem estas mal traçadas linhas, são de Caetano Veloso, que há poucos dias numa entrevista ao jornal Folha de S. Paulo definiu os “rolezinhos” como sendo “a sociedade em movimento”. Só para lembrar, rolezinho foi o nome dado à ocupação por grupos de adolescentes em shoppings. Aqui mesmo em Sorocaba essa prática rendeu muita discussão e dois dos centros de compra que funcionam na cidade obtiveram liminar na Justiça para impedir a presença dos jovens em seus recintos. Alegaram os empreendimentos que a concentração colocaria em risco a integridade patrimonial e a segurança dos clientes que por lá circulam. Passada a euforia do momento, deram os rolezinhos lugar a outras manifestações. Dessa forma, assistimos, agora, a um verdadeiro levante, cujo resultado foi a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes que acompanhava a mobilização no Rio de Janeiro, atingido que foi por uma bala perdida. Talvez os estudiosos de plantão tenham teorias mais fundamentadas para explicar o que exatamente acontece. Por que, afinal, tantos protestos? Daqui, à distância, observador que sou, atrevo-me a responder que os fatos ora testemunhados têm relação com as passeatas havidas em junho do ano passado, quando jovens foram as ruas para pedir que o preço da tarifa de ônibus não aumentasse. É inegável que o estopim dessa onda foi aceso naquele instante. Como disse o compositor, a sociedade está se movimentando. O problema é saber para onde e com quais objetivos. Toda forma de manifestação é legítima e autorizada por norma própria. Os excessos, todos sabemos, são puníveis. Sobra disso tudo que a insatisfação dos manifestantes deve ser objeto de reflexão. Tem, sim, razão o povo quando reclama dos gastos excessivos com a organização da Copa do Mundo; quando grita contra o nível da representatividade política e a impunidade dos que corromperam e ou foram corrompidos; quando pede um país melhor. A soma disso tudo aponta na direção da ausência do Estado, enquanto ente organizador. A situação chegou a tal ponto que hoje estampam os jornais notícia segundo a qual o suspeito de matar o cinegrafista da Band seria um detento que cumpre pena em Bangu! As coisas perderam o sentido. Alguma coisa está, mesmo, fora da ordem. E sem controle algum!

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SÍNDROME DA BARBÁRIE !!!!!!

maosFui tomado de indignação, tanto quanto muita gente, ao saber do caso do adolescente de 15 anos que, sob a acusação de ter furtado uma furadeira foi perseguido, agredido (ou quase linchado) e acorrentado nu a um poste no bairro de Copacabana, Rio de Janeiro.           O acontecido ganhou ampla repercussão, foi e é debatido nas redes sociais. Dele extraem-se inúmeras lições, mas a principal delas parece não ter sido assimilada. A ninguém é dado fazer justiça com as próprias mãos. Se é que pode ser chamada de “justiça” tão arbitrária e desumana ação. Compartilhamos aqui neste espaço com os que nos acompanham nossas impressões. Quando à frente da subseção Sorocaba da OAB, trabalhamos junto com uma diretoria forte e combativa para evitar abusos, desmandos. A ordem exerceu, naquele momento, seu papel de fiscalização e guardiã política da sociedade. Lembro-me do episódio de reintegração na posse do terreno ocupado por famílias na Vila Helena, imediações do aeroporto, quando dois diretores da entidade foram agredidos por policiais militares despreparados para o cumprimento da ordem judicial. Foram eles até lá justamente com o intuito de evitar um confronto que pudesse ter desdobramentos mais graves. E conseguiram impedir o pior, vale ressaltar. No caso do adolescente submetido à tortura (sim, foi o que aconteceu, afinal) assistimos a uma triste reedição dos piores momentos da omissão do Estado, da falta de investimentos em setores estratégicos como educação, da ausência da família e do descaso do Judiciário. Na reportagem levada ao ar domingo pelo programa “Fantástico”, da Rede Globo, a delegada de polícia responsável pela área declarou não poder agir movida por informações transmitidas via rede social. Talvez até não pudesse mesmo. Essa postura, entretanto, reforça o comodismo das autoridades diante de problemas tão graves. A tal ponto isso acontece, que um grupo de “justiceiros” arvorou-se em assumir, naquele Estado, o controle da situação e, sem amparo algum, aplica “corretivos” em autores de infrações. Segundo consta, o grupo formado por jovens investe-se na condição de defensor dos fracos e oprimidos e, sem cerimônia, prende e bate nos suspeitos, a fim de que não voltem a cometer crimes. Não é exatamente esse o modelo de convívio social que todos esperamos. Não parece adequado viver num mundo em que pessoas são violentadas e expostas à execração pública. Não faz sentido manter uma força paramilitar que resolve os problemas da criminalidade recorrendo também ao crime.          Estamos num momento particularmente pródigo para discutir o tema. Teremos este ano eleições. É o momento em que os cidadãos podem fazer valer sua condição. A escolha acertada de candidatos comprometidos com o bem estar comum, por mais difícil que alguns queiram, ainda é a melhor das alternativas. Além disso, acima de tudo, que todos possam compreender e praticar o sentido da solidariedade, da fraternidade e do respeito aos direitos humanos. Como disse Kant, “a inumanidade que se causa a outro, destrói a humanidade em mim”. Pensem nisso. Até a próxima postagem.

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