A ADVOCACIA É UM SACERDÓCIO PARA VOCÊ?

advocaciaTemos observado ao longo do tempo em que exercemos a advocacia, quem realmente exerce essa atividade com dedicação, e quem não passa de um “comerciante no mundo do direito”, longe de mim criticar as atitudes das pessoas, até porque o artigo I da Declaração dos Direitos Humanos, diz com clareza solar que ” Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade”. Ora, cada um é cada um com seus jeitos e defeitos e ninguém não tem nada a ver com isso. Certo? Não, errado! E sabem porque? Porque, quem assim age, não estará agindo com espírito de fraternidade, se considerarmos como válida a determinação emanada da Carta das Nações Unidas, que deve ser perseguida como uma luz, para todos nós seres humanos que somos dotados de razão e consciência e que vivemos apontando o nosso dedo indicador para todos aqueles que erram, como se “errar não fosse inerente aos seres humanos”. Certo? Acredito que sim, porém retomando o ponto de partida, tenho visto “colegas que fazem tudo pelo dinheiro”, o que importa é ganhar….A ação para seu cliente? Não, ganhar dinheiro, isso é o que importa para alguns profissionais. Mas ganhar dinheiro, não é importante? Se eu disser que não, eu seria um homem tolo e até desprezível, porque vivemos em um regime capitalista, onde todos dependem do “vil metal”, mas o que quero dizer é que quando você passa a ver o seu semelhante com bons olhos, apenas pela fortuna que ele tem, com a clara intenção de ser economicamente beneficiado também, é justamente aí que a “coisa pega”. Vejam, sempre trabalhei até tarde e não me arrependo disso, gosto de trabalhar e já servi de escada para muitas pessoas, mas não reclamo disso e procuro demonstrar isso com exemplo prático, para meus filhos, porque são eles que me interessam. Mas, quando você, meu amigo, minha amiga, começa a imaginar que somente o outro é que deve trabalhar e que você pode e deve abandonar a sua atividade, porque tem outro fazendo a sua parte, tenha certeza, que você não tem o mínimo interesse para ninguém. Sabe porque? Em toda a minha vida eu nunca vi com bons olhos, quem tem o pé em duas canoas. Então, caso você, esteja nessa situação, saiba que muitos pensam também assim, deixe a advocacia para quem dela quer viver e sobreviver, defendendo os direitos de seus clientes e procure seguir o seu caminho, sem atrapalhar. Assim, você viverá bem e feliz fazendo o que você gosta, e deixará os outros também felizes, porque estarão trabalhando, não somente pelo dinheiro, mas porque gosta, porque a advocacia, conforme ensinava o mestre Ruy Barbosa e também falam os doutos, ainda hoje. É para quem gosta, é sacerdócio. Confesso que eu escolhi esse caminho, porque gosto de meu ofício, o dinheiro é uma consequência natural da dedicação. Mas, por favor, onde quer que você esteja trabalhando, se dedique ao máximo, não faça de seu trabalho “um mercado de peixe”, e assim você será justo até consigo mesmo. Então, como eu estava dizendo, não se mova pelo instinto do vil metal, mas por amor a profissão, você não precisa correr atrás do dinheiro, porque ele virá até você independente de sua vontade. Basta que você apenas, trabalhe de forma justa e honesta com seus clientes, amigos, companheiros de escritório ou onde quer que você esteja. repito: ” O dinheiro é importante? Sim, é, mas não é o maior bem da vida! Pense nisso e depois me diga. Mas, não se esqueça: “Advocacia é sacerdócio”, pelos menos para quem a exerce de verdade! Pense nisso…..

por JOEL DE ARAUJO

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