Gostaria de escrever algo confortador para os amigos, chega da chatice de falar sobre processo do “mensalão”, que leva o nome técnico de – Ação Penal 470-, chega de falar sobre corrupção na política, porque não é somente na política que isso existe, mas sim em todas esferas do poder, quer seja no executivo, no legislativo e até mesmo no judiciário. Então chegamos à conclusão que os três pilares da República estão contaminados. Não falo isso pela decisão do Ministro Celso de Mello, porque ele foi técnico e justo e agiu de acordo com sua consciência e do direito posto e aplicado dentro do STF, costumeiramente. Bem sei que para quem não é da área é difícil aceitar essa situação, mas sei também que um dia o Brasil haverá de ver que o Ministro foi justo e evitou a instalação do “casuísmo” dentro do próprio Supremo Tribunal. Coerente ele decidiu de acordo com que aquela Superior Instância vinha decidindo sempre em casos outros de natureza criminal. Verdadeiramente não pode mesmo, uma entidade como aquela firmar um jurisprudência em que um mesmo direito serve para um caso, e para outros não. Basta a violação do STF, à própria Constituição Federal quando julgou a ação reconhecendo a união entre pessoas do mesmo sexo, quando a Carta Maior da República, afirmava e afirma que ” União Estável” é aquela entre homens e mulheres,( ex vi o artigo 226, § 3º), deixo claro que não sou homofóbico, mas a lei é a lei, e nenhuma nesse país dava margem para a interpretação que foi dada pelo STF. Desafio, qualquer um a mostrar o contrário. Poderia o STF, ter convocado os líderes do Congresso e pedido, que aprovassem um Projeto de Lei substituindo as palavras “homens e mulheres”, por ” pessoas”, então a legitimidade da decisão não encontraria tanta resistência, como ainda há. É que para os legalistas, sendo o nosso sistema codificado, advindo do sistema Romano/Germânico, tem muita diferença do sistema Inglês (anglo/saxônico), que tem por base os usos e costumes e julgam por precedentes. Dessa forma, somos obrigados a dizer que andou bem e corretamente o Ministro Celso de Mello, e o Supremo acertou na decisão graças à ele, Ministro lúcido, coerente e sábio e que não se curva para a opinião pública, como deve agir um Magistrado de verdade. sabemos que malandragem há em todos os lugares, ninguém escapa, onde está o ser humano, está a corrupção, mas nesse caso do “mensalão”, em se tratando do Ministro Celso de Mello, temos que aplaudir, porque ao contrário de muitos juristas que infestam nossa sociedade, injusto, mau caráter e desonesto ele verdadeiramente não é. Por isso, Salve, salve esse grande homem, que não se vende e nem teme a mídia e a opinião pública, dá para afirmar que no Brasil, ainda há juízes de verdade!