por Joel de Araujo
Há alguns dias passados, um general de exército fez uma ameaça: ” Se o Poder Judiciário não resolver esse grave problema político que o Brasil atravessa, creio que teremos que resolver”, e ainda, segundo a imprensa disse em tom de chacota, “se tivermos que fazê-lo, faremos com todo amor”. Nós pensadores, enxergamos nisso não um sinal de alerta, mas sim uma ameaça. Grave ameaça ao Estado Democrático de Direito, que segundo o Artigo 1º da Constituição Federal- CF-, é dele que se constitui a República Federativa do Brasil, e por lógico deriva daí todos os princípios republicanos. Mas o interessante, nessa fala, que ocorreu dentro de uma Loja Maçônica, e que foi “vazado” para se sentir a reação dos pensadores, formados pelo Jornalistas, classes empresarial, médica, advogados, professores, oficiais das três armas, poderes executivos, legislativo e judiciário, escritores, filósofos além de outros segmentos da sociedade brasileira, é que parece que ninguém se deu conta do perigo, fingiram todos de cegos, surdos e mudos. Mas creio, que não foi um alerta somente, foi uma ameaça mesmo, e dirigida, não ao judiciário simplesmente, porque esse Poder da República está cumprindo o seu papel ( bem ou mal) na verdade, mas foi endereçada a classe política, foi como se dissesse o General, de dedo em riste: ” Olha aqui, pessoal, se vocês não obedecerem o comando do Poder Judiciário, acolhendo o pedido no sentido de retirar o Presidente da República pelas graves acusações contra eles, nós arrancaremos não somente ele, mas todos que detém algum Poder nesse País, e saberemos fazê-lo”. Tanto é verdade, que o “Ministro da Defesa”, que não tem poder nenhum, pois o cargo é meramente decorativo, nada pode fazer, e o Presidente da República, que em tese é o Supremo Comandante das três armas, também nada disse, ou pediu. Em tempos outros, teria o General “palestrante” sofrido uma pena, ainda que de natureza verbal, mas teria, e constaria em seu currículo, mas nada se fez, como naquela história em que os “ratos estavam combinando em colocar uma coleira com um guizo no gato, para que pudessem ouvi-lo à distancia e assim, ninguém seria pego por ele, foi quando um ratinho mais inteligente, disse “que a ideia era interessante”, mas indagou quem seria o corajoso que colocaria a coleira no pescoço do gato. É exatamente isso que ocorreu, todos que poderiam dizer ou fazer algo contra a fala do General palestrante, fizeram “ouvidos moucos”. Alguém até ladrou, mas não encontrou eco, afinal, pela manifestação do Comandante do Exército general Eduardo Villas Bôas, na data de hoje, nada sofrerá o General autor da manifestação. Disso tudo concluímos, que o palestrante, quando disse que falava o que pensavam os demais Oficiais de sua patente, falou a verdade, é isso que pensam mesmo, os militares do Exército brasileiro, cabendo agora a classe política, pensar muito se vale a pena fazer o que fizeram no outro processo, contra Temer em que foram e se deixaram comprar, há não ser que estejam tramando quem colocará a coleira no pescoço do gato dessa vez e se há alguém com tamanha coragem para o ato e que coleira seria essa. Penso, que apesar do silêncio feito, todos estão, na verdade, temendo e tremendo de medo, porque o gato está alerta e ronda, com toda certeza a toca onde se escondem os ratos…